domingo, 12 de maio de 2013

Patologias - Tratamentos: Esquizofrenia


Antes de começarmos a falar dos possíveis tratamentos para a esquizofrenia, um pequeno lembrete:

Uma das explicações mais aceitas da sua causa é a combinação de hiperfunção da dopamina e hipofunção dos glutamatos no sistema nervoso, além  do possível envolvimento dos receptores da serotonina (5HT2).

Tendo isso em mente, continuemos!

O tratamento da esquizofrenia consiste no trabalho conjunto de fármacos antipsicóticos (neurolépticos), psicoterapias e intervenções familiares e hospitalares.


















Antipsicóticos: São medicamentos inibidores das funções psicomotoras e atenuadores dos sintomas psicóticos, cuja ação comum é bloquear os receptores dopaminérgicos ( os mais conhecidos são D1 e D2, mas principalmente D2), apesar de poderem bloquear também os receptores adrenérgicos, serotoninérgicos, colinérgicos e histaminérgicos. A ação nos dopaminérgicos é que tem demonstrado efeitos terapêuticos, enquanto que nos demais se tem relacionado com os efeitos colaterais da droga.

Os neurolépticos são divididos em típicos/convencionais e atípicos. Os típicos melhoram apenas os sintomas positivos da doença (alucinações, delírios, comportamentos bizarros) e são divididos em sedativos (sedação) e incisivos (remoção dos sintomas produtivos). Os atípicos melhoram tanto os positivos como os negativos ( apatia, falta de motivação, embotamento afetivo, isolamento social), substituem os convencionais em pacientes resistentes e causam menos efeitos colaterais.


 Principais Antipsicóticos Típicos Sedativos no Brasil
 Nome químico
 Nome comercial
CLORPROMAZINA
Amplictil, Clorpromazina
LEVOMEPROMAZINA
Levozine, Neozine
TIORIDAZINA
Melleril
TRIFLUOPERAZINA
Stelazine
AMISULPRIDA
Sociam

 Principais Antipsicóticos Incisivos no Brasil
Nome químico
Nome comercial
FLUFENAZINA
Anatensol, Flufenan
HALOPERIDOL
Haldol, Haloperidol
PENFLURIDOL
Semap
PIMOZIDA
Orap
PIPOTIAZINA
Piportil, Piportil L4
ZUCLOPENTIXOL
Clopixol

 Principais Antipsicóticos Atípico no Brasil
 Nome Quimico
 Nome Comercial
 AMISULPRIDA
 Socian
 CLOZAPINA
 Leponex
 OLANZAPINA
 Zyprexa
 QUETIAPINA
 Seroquel
 RISPERIDONA
 Risperidal, Risperdol
 ZIPRAZIDONA
 Geodon
 ARIPIPRAZOL
 Abylife












          

Alguns efeitos colaterais: sonolência; parkinsonismo(movimentos ou posturas involuntárias); visão distorcida; secura na boca; hipotensão arterial; dificuldades sexuais; inquietação constante.

Observação: em crises mais graves, sem resposta aos medicamentos, pode-se utilizar a eletroconvulsoterapia : eletrochoques na têmpora afim de alterar a atividade elétrica do cérebro).


Acompanhamento psicoterápico:
Há uma rica tradição clínica em psicoterapia individual, mas os pacientes esquizofrênicos dificilmente se engajam nesse tipo de processo. A melhor sugestão fica sendo então as psicoterapias em grupo, de preferência após a estabilização dos sintomas positivos. A discussão em grupo cria um ambiente de confiança e de suporte aos pacientes, que conseguem conversar livremente sobre suas dificuldades.

Papel da família:
       
O apoio emocional e financeiro da família do esquizofrênico é importantíssimo! Os pacientes necessitam que suas famílias o aceitem e estejam informados da doença para orientá-los no dia-a-dia, lembrá-los dos medicamentos e viverem harmonicamente. Na prevenção da recaída, o tratamento envolvendo a família é três vezes mais eficaz que a medicação aplicada isoladamente.





Tratamento hospitalar:
A hospitalização prolongada só é indicada para pacientes que recusam ou não respondem à medicação, que sejam agressivos, autodestrutivos ou suicidas e que não possuem apoio familiar. De resto só cabe uma hospitalização breve quando em crise psicótica aguda.


Curiosidade!!!



A arteterapia oferece atividades artísticas, educativas e de socialização para atuar no processo terapêutico, visando ao acesso a conteúdos internos ocultos ou desconhecidos. Tal terapia engloba desde a sensorialidade à materialidade.
          







As criações dos pacientes 
representam níveis profundos 
e inconscientes da psique.

        











Bibliografia:

















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